Aqui só tem História

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

8˚ano: Roteiro de Estudos: Caprichem!

Olá pessoal,

Seguem as atividades para vocês estudarem no feriadão, lembrem- se caprichem!!!


Organize seu conhecimento:

Ler e interpretar:
Carneiros Bravios:

“Vossos carneiros, que acostumados a ser tão mansos e dóceis e comer tão pouco, tornaram-se agora, ao que ouço dizer, tão grandes devoradores e tão bravios que comem e engolem inteiros os próprios homens. Nobres cavalheiros não deixam terreno para os lavradores, transformam tudo em pastagens cercadas; derrubam casas; arrasam cidades e não deixam nada de pé. Os lavradores são expulsos do que lhes pertence, ou então, seja pela astúcia e pela fraude, seja pela opressão violenta (…) ficam tão amofinados que são compelidos a vender tudo; por um meio ou por outro, por bem ou por mal, tem de ir embora. E quando gastaram tudo nessa vida errante, que podem fazer senão roubar e depois ser inevitavelmente enforcados, ou então pedir esmolas?”

Thomas Morus. A utopia, 1516. Citado em MORTON, A. L. A História do povo inglês. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970. P. 141-142.

Vocabulário:

Amofinado: amofinar; . Afligir, arreliar, apoquentar.
Compelidos: Obrigar pela força da lei, por autoridade superior.
Errante: Que anda sem destino certo.

Segundo o texto, os carneiros, antes mansos e de apetite moderado, tornaram-se violentos e devoradores de vegetais e homens. O autor utiliza-se de figuras de linguagens para ilustrar um importante fato da Revolução Industrial.
a) Do que trata o texto? Qual a relação da ideia apresentada pelo texto e a Revolução Industrial?

b) Quais foram as mudanças ocorridas na vida das pessoas que vivenciaram este processo?

c) Quais fatores propiciam à Inglaterra ser a primeira potencia a se industrializar?

Leia atentamente:

     “O termo imperialismo foi definido pelo economista inglês Hobson, num livro lançado em1902. Seu estudo teve o mérito de demonstrar o caráter econômico do fenômeno imperialista, em que a existência de excedentes de capitais para exportação nas metrópoles era uma consequência da falta de distribuição de renda. O trabalho pioneiro de Hobson foi desenvolvido posteriormente por Lenin no livro Imperialismo, etapa superior do capitalismo. Para este revolucionário marxista russo, o imperialismo caracterizava-se por uma concentração da produção e dos capitais, que conduziam aos oligopólios, à fusão do capital bancário e industrial, gerando capital financeiro, à exportação de capitais, à associação dos grandes monopólios econômicos, que repartiram o mundo e, finalmente, à conquista e divisão de territórios periféricos pelas grandes potências, criando imensos impérios coloniais.
                                  VIZENTINI, Paulo G. Fagundes. Primeira Guerra Mundial: relações internacionais do século 20. Porto Alegra: UFRGS, 1996.

Vocabulário:
Oligopólio é uma estrutura de mercado caracterizada por um número de firmas, com alto grau de concentração local, ou de poder de mercado. As políticas adotadas pelos oligopolistas são tomadas de acordo com os efeitos sobre os seus rivais, como por exemplo: têm-se as políticas de preço que influem nos lucros e nas vendas dos concorrentes

Agora responda:
 a) De acordo com a definição discutida em sala sobre o imperialismo, retire do texto uma frase que melhor  o caracterize. Explique sua escolha.
b) Indique, de acordo com o texto, quais os fatores econômicos da expansão imperialista. Existiram fatores adicionais? Explique-os.

Observe a imagem abaixo:
    a)      Descreva-a.
b  b)  Relacione-a ao imperialismo

Leia atentamente:
“(...) mas, acima de tudo na prática, sempre que possível, de se pagar tão pouco ao operário que ele tivesse que trabalhar incansavelmente durante toda a semana para obter uma renda mínima. Nas fábricas onde a disciplina do operariado era mais urgente, descobriu-se que era mais conveniente empregar as dóceis (e mais baratas) mulheres e crianças (...).
HOBSBAWN, Eric. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
Agora responda:

a) Retire do texto um trecho que caracterize a exploração do trabalho infantil.

b) Segundo o texto, qual o objetivo dos patrões em contratar crianças para o trabalho nas fábricas?

c) Elabore um texto que indique como era o trabalho dessas crianças dentro das fábricas. Não esqueça de incluir a quantidade de horas trabalhadas por dia.

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/era-imperios-briga-titas-434253.shtml


Um pouco mais de imperialismo: 

A Era dos Impérios: briga de titãs

Eric Hobsbawm conta a história de um tempo em que gigantes dominavam o mundo e disputavam a tapa o poder. Enquanto isso, as classes baixas começavam a mostrar a cara

Fábio Metzer | 01/07/2005 00h00
Ao falarmos de história, tratamos de revoluções, abordamos extremos e esmiuçamos impérios. Lidamos com fenômenos que levam a humanidade à ruína ou à consagração. E são justamente esses os motes da trilogia do escritor britânico Eric Hobsbawm – A Era das Revoluções, A Era dos Impérios e A Era dos Extremos –, que ocupam as páginas da nossa seção Obra-Prima nas últimas três edições. Os clássicos escritos por Hobsbawm têm em comum o ponto de partida: a virada de um século.

A Era dos Impérios volta à primeira obra de Hobsbawm, A Era das Revoluções, como algo já conhecido, familiar. A “dupla revolução”, iniciada em 1780, já é, então, centenária. Agora, a Revolução Industrial que começou na Inglaterra e os ideais liberais da Revolução Francesa não são exclusivos de setores restritos da elite européia. Tanto uma como outra espalharam-se pelo mundo. A expansão do capital já se faz em escala mundial. E há uma revolução na área dos transportes e das comunicações. Ferrovias e navios a vapor transportam cargas cada vez maiores de aço, carvão e outras manufaturas. Telégrafos transmitem informações instantaneamente.
Imperialismo
A verdade é que não havia mais a possibilidade de a Inglaterra manter-se hegemônica, já que diversos países estavam se industrializando. Os Estados Unidos, a Rússia czarista e o Japão avançavam a passos largos. Estava cada vez mais nítida a divisão do mundo em dois blocos distintos: países “avançados” e “atrasados”. Tal distinção não dizia respeito a índices econômicos, mas sim a uma afirmação de superioridade cultural de países que se industrializavam, disseminavam sua cultura e avançavam militarmente sobre outros países, com fins de exploração comercial.
Nos anos 1880, a Alemanha e a Itália se unificavam. A União Soviética levava adiante sua revolução industrial e os Estados Unidos se expandiam rumo a oeste. A necessidade de garantir as matérias-primas dos países “atrasados” levava esses e outros países europeus a lutar por territórios e a fazer partilhas, como aconteceu na África. A diplomacia funcionava a pleno vapor entre as grandes potências, na busca de um acordo comum para manter a exploração capitalista, que ganhava escala global. O colonialismo conquistava, assim, uma denominação: “Imperialismo”. Não se tratava mais de colonizar, mas, sim, de dominar povos e países e estabelecer a cultura européia e um sistema de livre comércio, que sustentasse as potências imperiais industrializadas, diante de países cuja principal atividade econômica era de extração mineral ou agrícola.
Ao mesmo tempo, nessa época, o mundo começou a experimentar um momento de grande depressão econômica. O processo de expansão global desarticulava as antigas redes de relações dos artesãos e pequenos agricultores. Entrava em cena uma nova divisão internacional do trabalho. O processo de globalização das relações econômicas, que observamos hoje, já existia, de outra forma, naquela época. A exploração do mundo “atrasado”, a contínua industrialização, a revolução na área dos transportes e das comunicações geravam, na verdade, a concentração de renda, cada vez maior, nas mãos de poucos. O longo século 19, pródigo em revoluções liberais, resistia de todas as maneiras em aceitar os regimes democráticos. Pode-se dizer que a Europa desse tempo tinha regimes constitucionalistas. Mas não democráticos. A situação econômica e as disputas políticas apenas pioravam a situação. E as revoltas populares não tardariam a acontecer.
No final do século 19, partidos e movimentos da classe operária ascenderam de maneira inédita. E era inevitável que as elites políticas tivessem que ceder em favor de um sistema democrático, como voto universal e secreto. No entanto, os poderosos jamais deixariam de manipular esse sistema em seu favor, ainda que partidos operários pudessem ganhar grandes quantidades de votos de setores populares. A verdade é que a democracia política ainda era muito embrionária nesta época. O sufrágio universal surgiu como uma novidade pouco assimilada. Ainda demoraria mais um bom tempo para que as mulheres, por exemplo, tivessem participação política. Contudo, já se podia observar uma lenta emancipação feminina nas sociedades européias.
Não se pode esquecer: havia outros movimentos sociais participando deste jogo. Os movimentos cristãos – católico e protestante – poderiam ser perfeitamente bem acomodados dentro do sistema político. Assim como os movimentos nacionalistas e seus discursos. As elites políticas e econômicas sabiam bem como manipular essa situação, isolando seus adversários do movimento operário. A abertura para o jogo democrático era o instrumento que as classes dominantes acabaram tendo de usar, diante da dura repressão usada contra a Comuna de Paris, e da Primeira Revolução Russa, já em 1905. Atuações como essas não impediam o aumento da revolta popular. Teria que existir um instrumento alternativo de contenção, de modo a preservar todo o sistema político e manter a estabilidade da cadeia produtiva que os impérios expandiam ao redor do mundo.
Quem somos nós?
Diante do aumento da complexidade do sistema internacional de Estados nacionais, da crescente participação das classes trabalhadoras no sistema político e na sociedade, da ascensão das classes médias e da reação de setores da pequena burguesia desempregada, uma classe social em especial começou a sentir os efeitos de sua própria hegemonia: a burguesia. Como classe dominante, mantinha valores rígidos de obediência a hierarquias, da ética do capital, dos valores morais, e, de repente, tinha que lidar com a crescente mobilização social das bases populares, da emancipação feminina, de uma estrutura social de origem operária, que se rebelava contra ela. Um novo caldo cultural se formava. Nas artes, correntes de vanguarda se articulavam. Diante da velha literatura burguesa, uma contracultura de contestação estava se desenvolvendo, de modo a questionar, desde as bases, a própria razão de ser da então classe dominante. A burguesia enfrentava, assim, um momento em que precisava se redefinir.
Restam as perguntas: que mundo era esse, em que conviviam tantos impérios, que dominavam tão vastas áreas? Por que a necessidade de controlar seus povos? A ascensão das classes trabalhadoras fez surgir a urgência de um discurso consistente – e oportuno para os interesses de cada país. O discurso nacionalista se contrapunha ao socialismo. Ao mesmo tempo, o nacionalismo de uma potência voltava-se contra o de outra. Os ressentimentos de guerras já passadas vieram à tona. E os interesses econômicos em jogo nos protetorados também. Os mercados mundiais continuavam em expansão, e as disputas por zonas de influências não seriam feitas mais apenas pela diplomacia. Haveria um momento em que a guerra poderia ser utilizada como recurso. O que, aliás, era algo contra o qual a esquerda revolucionária se colocava, notando que os interesses desse confronto eram, na verdade, de natureza econômica.
A realidade era que havia alguns impérios que estavam em franca expansão, como a Alemanha. Outros, no auge, tais como França e Inglaterra. E havia também aqueles que estavam prestes a deixar de existir, como o Império Otomano e o Império Austro-Húngaro. No meio de todos eles, diversos países que desejavam a autodeterminação, e algumas potências secundárias, como a Itália. A Rússia czarista, um país que às vésperas da Primeira Guerra Mundial vinha crescendo economicamente, ocupava o posto de nação européia com maior desigualdade social. Isso explica bem a dissolução de seu Império para a criação, anos mais tarde, da União Soviética. Os Estados Unidos, outra potência industrial em expansão, envolveram-se pouco na guerra que explodiu a partir de 1914. Em vez disso, receberam imigrantes de países europeus, oriundos da precária situação social do Velho Continente pós-guerra.
Da era dos impérios, surgiriam dois impérios maiores, Estados Unidos e União Soviética para, mais tarde, se confrontar num embate de extremos. Mas essa é uma história de outro século.

Saiba mais

Livro
A Era dos Impérios, Eric Hobsbawm, Companhia das Letras, 1995 - R$ 56,50
 Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/era-imperios-briga-titas-434253.shtml


5 comentários:

  1. As crianças viviam em situações precárias, eram exploradas, não tinham direitos e leis trabalhistas, tinham falta de segurança na indústria, tinham salário baixo e trabalhavam 16 horas por dia.
    Giovanna Lima- 8°B

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  2. texto: O trabalho das crianças era cruel e ruim , os salários eram muito pequenos , trabalhavam de 14 a 16 h por dia , não tinham férias nem feriados , tinham descanso de no máximo 15 minutos, não tinham condições de trabalho além de se machucarem . (ex: se perdessem o dedo durante o trabalho, não teriam descanso, teriam que trabalhar mesmos machucados ou perderiam o emprego). Hoje existem leis que protegem a criança, que fazem com que ela não trabalhe e ao invés de trabalhar estude e brinque (direitos de qualquer criança)

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  3. a)
    O trecho que caracteriza a exploração do trabalho infantil é:
    “descobriu-se que era mais conveniente empregar as dóceis (e mais baratas) mulheres e crianças (...)”.

    b)

    O objetivo de contratar crianças e mulheres era de que poderiam exigir mais sem que seus “operários” se revoltassem e ao invés de pagarem um salário normal, pagariam baixos salários.

    c)
    Neste período, para ajudar a família, crianças trabalhavam em condições desumanas, com cargas horárias em excesso e um salário miserável. Outro ponto era que elas obedeciam facilmente as ordens dos adultos.
    Esse abuso prejudicava muito a formação das crianças, pois trabalhavam em locais muitas vezes pequenos, fechados e com pouca iluminação. Eram mau alimentados e havia falta de higiene nas fábricas. Muitos ficavam doentes e contaminavam ou outros.
    Chegavam a trabalhar até 15 horas por dia.
    Já nos dias de hoje é proibido por lei crianças terem de trabalhar antes dos 16 anos de idade,
    todas devem ir a escola, ter lazer e seu devido respeito.
    Apesar de que em alguns locais ainda ocorre casos de exploração de trabalho infantil.

    Obrigado. Raul Chiminazzo 8ºB.

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  4. O trabalho das crianças nas fábricas não era seguro e em ambientes inadequados de trabalho, não tinham boas condições de ventilação, iluminação e eram sujos. O horário de trabalho chegava a 14 a 18 horas por dia aproximadamente, e paravam apenas para fazer suas refeições sem direito a descansos e férias.
    Os salários eram baixíssimos, dando ainda mais lucros aos patrões, e a organização era rigorosa para manter o aumento da produção. Os trabalhadores não tinham direitos e não haviam medidas de segurança para os operários, muitos se acidentavam e contraíam graves doenças.
    Trabalhavam da mesma maneira que os homens, nas mesmas condições, mas o salário era bem mais baixo. Portanto, era muito mais lucrativo contratá-los.
    Flávio 8°B

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  5. Stephanie Perseghetti 8 b
    Texto 3
    Ex.c)
    Crianças trabalhando agora, é proibido.Crianças trabalharam (antigamente) para ajudar no sustento da família, isso era comum.
    Essas crianças, não importavaa idade, passavam por humilhaçõe e punições severas, se fizesse algo errado além de poder ter traumas, elas podiam perder menbros do corpo ou até morrer.E a segurança? Não havia.E osdireitos e leis trabalhistas? Também não haviam.
    Trabalhavam muito, durante 16 horas por dia, sendo explorados, em situações precárias ganhando pouco, pois era trabalho de uma criança.

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