Aqui só tem História

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Mostra de Projetos 2015: Idade Média: Hábitos, aventuras e heróis

Planejar e executar um projeto anual é sempre uma aventura: traça-se os planos, levanta-se as ideias, verifica-se as possibilidades... Para mim o mais legal é que, embora trabalhe todos os anos com os mesmos conteúdos, os projetos possibilitam que tudo seja sempre novo e diferente.


As turmas dos 7˚s anos desse ano estavam cheios de ideias, envolveram-se com as temáticas propostas e sempre iam além do que eu pedia, já começaram os trabalhos me surpreendendo com os jogos maravilhosos que produziram a partir do paradidático Aladim e as mil e uma noites: http://www.aquisotemhistoria.blogspot.com.br/2015/05/7ano-aladin-e-outras-historias-das-mil.html

Nossa segunda leitura era para mim um livro que mora em meu coração desde minha adolescência: As Batalhas do Castelo, de Domingos Pellegrini, li esse livro quando tinha a idade deles, já apaixonada por história, não conseguia parar de ler e viajei com Bobuque e sua corte até o Castelo do Canto, me diverti com as aventuras dos meninos que corriam juntos pelos penhascos, com os sonhos daquele povo sofrido. Por isso, quando há alguns anos houve a solicitação para que história trabalhasse com um paradidático, não tive dúvidas!


Como Bobuque, que tinha uma tarefa enorme ao tentar reerguer o Castelo do Canto, aos meus nobres e corajosos alunos, caberia a tarefa de selecionar um dos capítulos e representar o ambiente ali descrito em forma de maquete. Vamos ver os resultados! 

Descrição dos personagens
Eduardo, Matheus, Vinicius Alencar, Davi
Bobuque: É o ex-bobo da corte, personagem principal, o acompanhamos a história inteira.
-       Dom Carlos Filipe: é um bravo companheiro de bobuque e não desisti facilmente.
-       Príncipe mais novo: sempre destemido e disposto a batalhar pelo seu reino.
-       Fruta, Flor e Primavera: meninas órfãs que seguiram com bobuque para o castelo do canto.
-       Pintor cego: veio investigar como eram as terras do canto, gostou e ficou por ali.
-       Ex-Ladrões: regenerados, eram o povo de bobuque.

A Herança Real
Pedro, Lorenzo e Filipe, 7˚ano B
O rei, está cansado, velho e grisalho.  Está morrendo e  deixa de herança, como agradecimento por alegra-lo todos os dias, o Castelo do Canto ao bobo da Corte, que passa a se chamar Bobuque.
Bobuque é descrito como um homem velho, com olhos de garoto, respeita todos.

A Herança Real
Grupo: Mariana Calarga, Isabela Brito e Giovana Droveto
                                   

Antes da morte do rei ele nomeia o bobo da corte como duque pelo seu esforço e dedicação. Ao receber a notícia o bobo não gostou muito da idéia mas aceitou com duas condições: se ele fosse um duque engraçado e divertido e se todos o chamassem de bobuque.
Passado um tempo o rei morre e o bobuque decide falar com os príncipes para pegar o que era seu e partir para o castelo do canto. E com ele levar idosos, animais doentes, crianças órfãos, presidiários, músicos surdos pintor e o poeta.

Uma longa Viagem
Evellyn, Giovanna Zillete, Mariana P. Corrêa
O bobo que virou duque teve permissão para viver sua vida fora do castelo do rei. Convidou vários aldeões para acompanha-lo em sua viagem.
A viagem foi mais longa do que pensaram, no caminho todos puderam se conhecer melhor até chegarem no Castelo do Canto, que 
estava abandonado.



Uma longa Viagem
Gabriel Carmona, Nathália Araújo, José Eduardo

            A Viagem foi longa, cansativa e difícil. As pessoas estavam doentes e as crianças e velhos não podiam andar muito. Durante o caminho, descansavam e faziam as refeições embaixo das árvores ou em margens de riachos. 

As Primeiras Graças
Vitor, Guilherme, Davi, Maurício
Quando chegaram da viagem, o castelo estava destruído por causa do tempo. Havia crescido árvores e o mato estava alto. Eles começaram a reerguer o castelo e a plantar. A água era barrenta e o moinho estava em pedaços. Após algumas semanas, os moradores do castelo, ao olhar do alto, viam as manchas verdes das novas plantações. 

As Primeiras graças
Nicole Cremasco, Ana Beatriz, Giulia, Bruna

 Quando a caminhada finalmente acabou, Bobuque e o resto das pessoas deram de cara com um castelo abandonado. No castelo não havia portões. As chuvas, ao longo do tempo, deixaram marcas nas paredes e pedras. 
            Ao entrarem, os quartos eram imundos e cheios de bichos mortos, como cobras, ratos e outros. Na praça, os bancos estavam quebrados. 
            No vale do castelo, as terras estavam inférteis e repletas de ervas daninhas. No primeiro dia, o vento parou e todos escutaram a água caindo nos rochedos. Com muita força de vontade, começaram a trabalhar no que podiam. 

Nuvem Negra
Luísa, Fernanda, Nathália Godoy
Em certo momento, o rei decide cobrar impostos em trigo do Castelo do Canto, mas a população não aceita, pois a comida é pouca.
            A água era retirada do fosso, e os fossos eram contaminados, a água não era tratada. Também não havia tratamento de esgoto, que corria a céu aberto.
            Os ratos foram os causadores da Peste, e muitas vezes, ficavam onde a comida estava armazenada.

O Sol
Gabriel Dantas, Júlio, Luan, Lucas

 Os mortos foram enterrados em um lugar que depois virou um jardim. A produção de alimentos aumentos e sobraram poucos cavalos por causa da Peste Negra. Além disso, no final, o poeta diz que eles se esforçaram muito, mas o sol é sempre de graça, por isso ele é tão importante em nossa maquete.

O Sol
Gabriela Lisboa, Caio, Nathan, Rafaela

  A peste passou. Os dois homens que ficaram na caverna e sobreviveram, o padre e Domingo voltaram para junto dos moradores.
            Logo depois, ficaram sabendo de um ataque por parte do príncipe mais novo, dessa forma, decidiram colocar portões no castelo. Quando o príncipe chega com seu exército, encontrou o rei, seu irmão mais velho. Após conversarem, decidiram pela paz e o Castelo do Canto pode prosperar.

As Primeiras Graças
Nicole Rossini, Laís, Júlia, Gabrielle

As plantações do castelo começam a crescer e sobrar trigo. Como não usavam dinheiro, faziam trocas no vilarejo para conseguir o que queriam.  Ajudavam as pessoas do vilarejo e fizeram doações para a Festa de Páscoa.
Conheceram um cavaleiro, este se apaixonou por Fruta e passou a morar no castelo e depois se casaram.

As Primeiras Graças
Grupo: Isabela Pitta, Ana Clara, Laura e Paloma
O castelo era frio e escuro, ele era perigoso e de difícil acesso. O caminho para chegar no castelo era muito difícil de percorrer
  Na Idade Média os duques procuravam rochedos para construir seu castelo, por questão de segurança. O castelo do canto foi construído em cima de um rochedo que era muito íngreme e de difícil acesso, por causa das pedras que haviam em seu caminho”
A vila era pequena com poucos moradores, ela ficava longe do castelo do canto e do castelo do rei. Ela era uma clássica vila medieval, com todas as características de vilas daquela época”. As plantações eram de trigo, aveia e centeio, elas eram abaixo do rochedo. O rio passava atrás do castelo, e ele foi descoberto pelas crianças que eram curiosas e arteiras”


Em seguida, nas aulas de Português, escreveram narrativas de aventura, imaginando-se como cavaleiros medievais em busca de aventuras. Após as correções e refacções, organizaram as histórias em folhas de A3, todas em formato de iluminuras, ou seja, textos ilustrados aos moldes da Idade Média. Os resultados foram as lindas ilustrações que se seguem: 

Com base em pesquisas em sala e na arte elaborada pelo meu marido, organizamos a definição sobre o que é iluminura. O objetivo era que ficasse sobre a "távola redonda" que colocaríamos no centro do estande. 





                                           

Eu preparei a iluminura gigante que ficaria no centro da linha do tempo de nosso estende, contando com a ajuda de meu fiel escudeiro, o gato Mingau. Escolhi reproduzir o primeiro parágrafo do livro paradidático As Batalhas do Castelo, por achar que ele sintetiza os acontecimentos desse período:  
"Mais ou menos lá pelo meio da Idade Média, mesmo o mais medíocre dos reinos tinha seus castelos, suas cortes com príncipes, princesas, duques e condes, viscondes e arquiduques e assim por diante, todos com seus criados e pagens, amas e babás, cachorros e cavalos, pombos e falcões. As cortes eram protegidas por cavaleiros, tropas de arqueiros e lanceiros, todos alimentados por pelotões de cozinheiros e padeiros, nos castelos cercados de ovelhas e pastores, as ovelhas engordando para morrer e os pastores tão magros que pareciam nem viver". 
PELLEGRINI, Domingos. As Batalhas do Castelo. 2˚ edição, 37˚ reimpressão. São Paulo: Moderna, 2003. p. 7.

O resultado final da nossa Mostra, que aconteceu dia 03/10, não poderia ter sido melhor. Pudemos mostrar para as famílias todos os trabalhos realizados no ano de 2015, além de muito aprendizado! 

Aqui a Luísa Carvalho e o Guilherme Fachada, ambos do 7˚ano B, nos encantando com a música, a Luisa tocou flauta doce e o Guilherme violino. 

Damas e cavaleiros prontos para apresentar os resultados para as famílias. Obrigada Brenda e Patrícia pela ajuda nesse projeto tão bonito e significativo! 


Divisões: Idade Média Árabe: Aladim e as Mil e Uma Noites e jogos
Idade Média Europeia: As Batalhas do Castelo e maquetes
Centro: Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda

Agradecimentos S2: 

A todos os alunos dos 7˚s anos meu muito obrigado pelo carinho e disposição para o novo, pela criatividade e vontade de aprender! 
Às famílias, obrigado pela paciência em ir e vir para leva-los às casas dos amigos para realizar os dois grandes trabalhos em grupo, sem esse acompanhamento, o resultado final não seria possível. 
Às minhas amigas e companheiras de trabalho, Brenda e Patrícia: Obrigada queridas e, que venha 2016! 

Leitura de livros paradidáticos como complemento da Apostila Anglo nas Áreas de História, Português

KERVEN, Rosalind. Aladim e outras histórias das mil e uma noites. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1998.
MALORY, Sir Thomas. O rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda. São Paulo: Scipione, 1997.
PELLEGRINI, Domingos. As Batalhas do Castelo. 2edição, 37˚ reimpressão. São Paulo: Moderna, 2003.