Aqui só tem História

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O Museu da Inquisição em Lima - O Tribunal do Santo Ofício na América do Sul

O Museu da Inquisição em Lima fica no prédio onde funcionava o Congresso Nacional do Peru. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio da humanidade, no centro da cidade. 
Ao chegarmos ao local, fomos informados que precisaríamos esperar pela visita guiada, não é permitido circular pelos espaços sem a presença de um guia. Os funcionários são muito cordiais e solícitos, todos mostraram-se surpresos, dizendo que recebem poucas visitas de brasileiros, o que certamente é uma pena, portanto, se você vai a Lima, o Museo  del Congresso y de la Inquisición é extremamente interessante. 

A Inquisição ou tribunal do Santo Ofício 

Após o fim das Cruzadas, o espírito cruzadista não cessou. A luta contra o infiel deixou de ser no Oriente, nas distantes paragens da Terra Santa, e voltaram-se para os inimigos da fé católica na Europa. 
A Reconquista, luta dos cristãos europeus para expulsar os islâmicos da Península Ibérica, durou séculos. Sob a liderança dos reis católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, a guerra santa assumiu caráter de Cruzada e guerra generalizada. Para levantar fundos para a empreita, houve a obrigatoriedade de conversão dos judeus ou o abandono de seus bens e exílio. Finalmente concretizada em 1492 com a conquista  de Granada, esse processo de unificação daria origem a uma das mais poderosas monarquias nacionais da Europa Moderna e sua máquina de perseguição aos não cristãos católicos.

A Inquisição no Peru: 

O Tribunal do Sano Ofício chegou ao Peru ainda no século XVI, em 1570, seu alcance era amplo, ao sul: Chile e Argentina e ao norte: Colômbia, Venezuela e ilhas do Caribe. Um vice-Reino tão rico precisaria da representantes da verdadeira fé, uma vez que atraia muitos cristãos-novos, a procura de um novo local para recomeçar fora da Europa.
O primeiro a ser julgado e condenado à fogueira foi um prisioneira francês, em 1573, acusado de professar a fé protestante.
Os índios, ou gentios, estavam isentos da Inquisição, era julgados "inocentes", uma vez que pouco sabiam do cristianismo e era objetivo da Companhia de Jesus converte-los, não amedronta-los (ironia a parte, como se a conversão em si já não fosse um ao bárbaro).
A maioria dos processados no primeiro século da Inquisição na América Espanhola eram portugueses, em geral, ricos comerciantes, acusados de práticas judaizares clandestinas. Logo após a acusação, seguia-se o confisco dos bens.
As tabelas abaixo foram retiradas do site do Museo del Congresso y de La Inquisición, é possível analisar a origem dos condenados e os crimes pelos quais eram acusados.


É possível notar o grande número de prisioneiros ingleses e acusações de protestantismo: "Como no México, os protestantes eram presa fácil - e menos vexaminosos que os padres lascivos. Entre os ingleses no auto de 30 de novembro de 1587, achava-se John Drake, primo de Sir Francis Drake. Depois de contornar o cabo Horn, o navio de Drake naufragara no Pacífico, ao largo da costa do que é hoje o Chile. Ele e um companheiros haviam subido as montanhas e depois descido de canoa até Buenos Aires. Ali, foram apurados e mandados de volta pelas montanhas de Lima. Em seu julgamento, Drake capitulou, converteu-se ao catolicismo e foi condenado a três anos em um mosteiro. (...) Prisioneiros ingleses voltaram a aparecer num auto de abril de 1592, e três foram condenados a morte." 
BAIGEN, Michel. LEIGH, Richard. A Inquisição; tradução: Marcos Santarrona; Rio de Janeiro: Editora Imago, 2001. p. 109 e 110.

Pátio interno, azulejos e mosaicos característicos de pátios internos Ibéricos - Patio Sevilla

Sala das Audiências: 


Vestíbulo de entrada - Tetos em Caixotão - madeira de lei trabalhada

Sala das Audiências: 

Cabia ao acusado de heresia se apresentar nessa sala ao Inquisidor, ao fiscal e o qualificador, esses três homens deveriam iniciar o interrogatório ou arquivar a denúncia e não dar prosseguimento ao processo.






A palavra de Deus ao lado dos instrumentos utilizados para obter a confissão


Celas subterrâneas

Claustrofóbicas e escuras, celas de prisioneiros 


A Tortura: A Cámara de tormentos

Para os inquisidores, após cumprir-se as etapas preliminares, sendo a culpa comprovada, mas não confessada, a tortura era autorizada, pois as sentenças deveriam se basear na confissão do réu.  Estudos apontam que o maior período de utilização foi no século  XVI (http://www4.congreso.gob.pe/museo/procedimientos_juridicos.html). 
"O objeivo do inquisitor não era amar o herege. Toda fogueira era para ele um fracasso. Tratava-se de obter a confissão, que dava acesso à misericórdia infinita de Deus e reintegrava o suspeito na comunidade cristã". 
BEAUNE, Colette. Em nome de Deus. In: Revista História Viva, Ano I, n˚ 10. Educar Duetto. São Paulo, agosto de 2004.


 Instruments utilizados pelo Tribunal do Sano Ofício em Lima

Prática de tortura: El Potro - O acusado deitava-se nessa espécie de mesa, com seus membros atados por cordas, as quais eram sistematicamente apertadas e repuxadas para produzir dor e induzir a confissão. 



Caso o Potro não produzisse o resultado esperado, podia ser combinado à utilização da água, colocar-se um pano sobre a boca e nariz  do acusado, que permanecia imobilizado. Aos poucos derramava-se água, o que produzia a sensação desesperadora de afogamento. 



La Garrucha: Suspenso pelos punhos, nessa prática o peso do corpo era o principal inimigo do prisioneiro, pois ao ser suspenso, toda a pressão se encontrava em sua articulação. A queda era violenta, no entanto, as cordas o impossibilitavam de ocar o chão, o que aliviaria, mesmo que rapidamente, a pressão. Em alguns casos, poderia ser acrescentado pesos nos tornozelos dos acusados. 





Vale destacar que, ao contrário do que muitos pensam, o Tribunal do Santo Ofício não condenava imediatamente ninguém a morte, todos passavam pelo julgamento, claro que, dentro dos padrões de justiça que a Igreja Católica julgava justa nos séculos XVII, XVIII e XIX. 
Segundo Martin Monster: "Queimar o herético não significava apenas elimina-lo, mas também reduzir a nada a lembrança de seu crime contra Deus e a fé. A imaginação dos juízes na execução dos castigos não tinha limites. 


Auto de fé em Lima - triste imaginar essa praça tão linda sendo palco dos Autos de fé


Os Autos de fé eram os momentos em que as sentenças vinham a público, não necessariamente terminando na temida fogueira. 
"A procissão do auto-de-fé era realizada com grande pompa. Participavam do cortejo, além dos condenados, as autoridades civis e religiosas, os soldados e os carvoeiros, já que eram estes que forneciam a madeira utilizada na construção das fogueiras. A sentença era lida em uma igreja toda decorada de negro ou, mais frequentemente, no próprio local em que seriam realizavam as execuções. Em certos momentos, o inquisidor interrompia a leitura do ao de acusação para recitar os atos de fé. É esta a origem do nome dado a esta macabra cerimônia".
PEREZ, Joseph. A fúria espanhola. In: Revista História Viva, Ano I, n˚ 10. Educar Duetto. São Paulo, agosto de 2004. 



Vestimenta dos Infiéis: réu vestido como Sanbenito, vestimenta que o classificava como pecador, o raje variava de acordo com o delito cometido. "A túnica, que trazia um escapulário amarelo e uma cruz em forma de X, era destinada aos heróicos que se arrependiam antes do julgamento. Os que se arrependiam logo depois eram estrangulados antes de ser queimados".
PEREZ, Joseph. A fúria espanhola. In: Revista História Viva, Ano I, n˚ 10. Educar Duetto. São Paulo, agosto de 2004. 


Bibliografia:

BAIGEN, Michel. LEIGH, Richard. A Inquisição; tradução: Marcos Santarrona; Rio de Janeiro: Editora Imago, 2001. p. 109 e 110.
Revista História Viva, Ano I, n˚ 10. Educar Duetto. São Paulo, agosto de 2004. 
Procedimentos jurídicos del Tribunal de la Inquisición. In:http://www4.congreso.gob.pe/museo/procedimientos_juridicos.html

Para Saber mais:

Museo del Congresso y de la Inquisición
Av. Abancay s/n. Cercado de Lima
Fone: 311-7777
http://www4.congreso.gob.pe/museo/index.html

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

9˚ano: da Ditadura à Redemocratização


 A Ditadura Militar no Brasil (1964-1985)

Habilidade Propostas:

- Entender o golpe de 1964 como reação conservadora ao crescimento da mobilização popular. (elite não aceita as novas definições nacionalistas do governo Jango – Reformas de Base – se une à Igreja e realiza a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, pedindo a intervenção militar contra o suposto comunismo do governo)
- Avaliar o grande retrocesso da cidadania que a ditadura provocou.(cidadania: exercer seus direitos e deveres x Ditadura: cidadão não tem direitos, apenas deveres).
- Conhecer o recrudescimento que o AI-5 provocou. (Conhecer os aspectos repressivos máximos da Ditadura Militar: fechamento do Congresso nacional, cassação de mandatos políticos, fim do direito do HABEAS CORPUS.
- Reconhecer as violências praticadas em nome do Estado e de sua suposta segurança. (Prisões e torturas cometidas pelos aparelhos repressivos DOPS, OBAM)

 Cultura Brasileira nos anos de 1960 e 1970

- Conhecer o panorama cultural do Brasil nos anos de 1960,
- Conhecer algumas consequências da Ditadura Militar para a produção artística brasileira, sobretudo a música popular (jovens não aceitam o que lhes é instituído, questionam as instituições políticas e econômicas, lutam por uma sociedade igualitária- movimento hippie, músicas de protesto, filmes, manifestações).

 Redemocratização: esperanças e decepções.
- Entender como ocorre o processo de redemocratização brasileiro (ocorre em etapas, é lento).
- Conceituar o movimento Diretas Já! (dizer o que é e por que ocorre)
- Entender a crise econômica brasileira no contexto pós ditadura militar (inflação)
- Problematizar a Constituição de 1988 e seu nome: A cidadã,
- Compreender como o processo de impeachment de Fernando Collor consolidou a democracia brasileira. 

Roteiro de Estudos Capítulos 13: 

1)             O que foram as Reformas de Base e por que provocaram a reação de setores conservadores da sociedade brasileira?
2)             Em 1964, os grupos conservadores finalmente conseguiram assumir o poder, coisa que almejavam desde 1954. Por meio de um golpe, esmagaram o processo democrático pelo qual o Brasil passara e impuseram uma ditadura. Por que os golpistas só atingiram seus objetivos em 1964?
3)             O que foram os Ais? Por que o AI-5 pode ser considerado um marco dentro do Regime Militar?
4)             Releia as medidas que compunham o AI-5. Transcreva duas delas e aponte quais princípios iluministas, presentes em países democráticos, elas feriram. 
5)             É possível afirmar que toda a população foi conivente com o sistema ditatorial? Justifique. 
6)             Explique o que foi o Milagre econômico e como ele favoreceu a concentração de renda no país?
7)             Explique o processo de “abertura lenta, gradual e segura”.
8)             O que foi a Lei de Anistia de 1979? Relacione-a à implantação da Comissão Nacional da Verdade, implantada no Brasil em 2010.


Adicional: Como seria viver na Ditadura? 

Esse material produzido pela Equipe Uol para lembrar os 50 anos do Golpe Civil Militar
Brasileiro é muito interessante e bem elaborado, você será Jorge, um funcionário público que viverá, ou não, os 21 anos do regime militar. É possível ouvir o audio do comício da Central do Brasil em março de 1964, ver imagens e simular situações. Vale a pena! 





9)             Releia a canção “Pra  não dizer que não falei das flores”. Ela foi censurada pelo governo militar, que proibiu sua veiculação. Por que isso ocorreu? Aponte versos da letra que podem ter desagradado aos militares e explique sua escolha. 
10)          Leia o fragmento a seguir:
O cinema novo desenvolvia-se em torno de uma estética politizada, cujos carros-chefes eram o anti-imperialismo, o anti-capitalismo, a denúncia do subdesenvolvimento e a defesa da justiça social e do nacionalismo.
Nosso Século. São Paulo:Abril Cultural, 1986. V. 9. P. 78

Considerando a afirmação acima, responda: os participantes desse movimento eram favoráveis ou contrários ao golpe de 1964? Justifique.

11) Assistir ao vídeo abaixo: 




* Para saber Mais: Brasil Nunca Mais Digital: http://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/


Volta da democracia (cidadania, eleições, livre expressão, liberdade de imprensa, de ir e vir, habeas corpus);

1979: presidente Figueiredo: - Lei de Anistia: perdão dos crimes políticos;
- Abertura lenta (LLC – 1979-1985), graduaaaaal e seguraaaaa....
Volta de partidos políticos,
1984: Diretas Já!
- Derrota e decepção
- Tancredo e Sarney: eleições indiretas;
- Governo Sarney: - Planos econômicos para conter a infleção;
- Constituição de 1988: Constituição Cidadã.



 Análise da Charge página 97
charge se refere ao final da Ditadura e a transição para o período democrático (redemocratização).
A ironia se refere ao fato de que os brasileiros não votavam para presidente desde 1961, quando Jânio Quadros foi eleito. Dessa forma, em 29 anos, muita coisa ocorreu, transformações sociais, econômicas, relativas à tecnologia, etc.

TR: Relação: Galo, sol nascendo. Santiago relaciona sua charge à música de Chico Buarque: Apesar de Você. O sol e o galo representam uma nova alvorada, uma nova era, um novo dia... “Amanhã vai ser outro dia”.

Assistir ao vídeo sobre Redemocratização: 




Governo Sarney e eleições de 1989

Governo Sarney: 1985-1989 (páginas 101 a 104) 

Período crítico: - dívida externa: inflação – GIGANTE!  Plano Cruzado novo: 1764,8%
- Arrocho salarial: perda de poder aquisitivo. 
Economia: INSATISFAÇÂO.
1988:  A Grande Conquista: CONSTITUINTE – fim definitivo da ditadura. 
Ulysses Guimarães – ILUMINISTA! 
·      Direitos – conquistas – direito à greve, habeas corpus, direitos individuais, trabalhistas.
·      Racismo se torna crime inafiançável,  Direito dos indígenas. 


1) Importância e repercussões do movimento Diretas Já!
2) Enfim a abertura política: governo Sarney.
3) A Constituição de 1988: importância e inovações.
4) Eleições de 1989.
5) O governo Collor e a sobrevivência da Democracia.

domingo, 9 de outubro de 2016

O que fazer em Brasília? Visite o Memorial JK

"Tudo se transforma em alvorada nessa cidade que se abre para o amanhã."
Juscelino Kubitschek


O memorial JK é, para mim, um dos locais mais significativos de Brasília, diria que visita obrigatória. 
O projeto foi idealizado por dona Sara Kubitschek e viabilizado com doações públicas e privadas, inclusive do terreno onde foi construído. O projeto é de Oscar Niemeyer, sua ousadia e genialidade corroboram para a imponência do local.
O adjetivo que escolho para esse Memorial é minucioso: a composição de detalhes é primorosa, os funcionários vestem-se como na década de 60 e a organização merece muitos outros elogios.
A presidente do memorial é a neta de JK, Anna Cristina Kubitschek B. A. Pereira.
Apesar de ser o local onde descansam os restos mortais do presidente, tenho certeza que celebram sua vida, sua ousadia e empreendedorismo. 


A Primeira Galeria mostra cenas da vida de Juscelino, a infância, o casamento, o início da vida política, lembranças, fones históricas importantes de sua época como médico do exército e outros importantes objetos pessoais. 
                                    
Presidente Getulio Vargas e JK, então governador do Estado de Minas Gerais, 1953.

                                  
JK presidente e João Goulart vice-presidente, 1956
Nesse mês de setembro, no dia 12, aniversário de JK, foi inaugurada a nova proposta museográfica intitulada: Modernidade e Acessibilidade. Fazem parte das inovações o holograma de JK, áudios,  matérias tecnológicos como totens interativos e materiais para aqueles que possuem deficiências auditivas, visuais e motoras, vale destacar o vídeo tridimensional da construção da capital em um painel 4k no hall de entrada. 

A Sala de Metas: 

Muito interessante esse espaço, a composição entre a carta de despedida de JK, pela ocasião do fim de seu mandato, uma pintura de Portinari em amanho natural, um quadro com imagens e informações sobre seu Plano de Metas e recém instalado, um holograma do presidente que apresenta essas mas ao visitante. 


A Biblioteca: 

O espaço reconstruiu a biblioteca particular do presidente no Rio de Janeiro, com mais de 3 mil volumes, alguns raros, como a coleção de Shakespeare com ilustrações. 

                                   



Atenção ao se aproximar das faixas amarelas, os sensores são muito sensíveis e apitam praticamente o tempo todo. 

2˚ Piso: A Exposição permanente a Câmara Mortuária: 

Local primoroso, com exposição de fotos, objetos que retratam não apenas a carreira política de JK, mas a história da construção de Brasília, os trajes de dona Sara e Juscelino, os demais projetos para a construção da capital, além dos de Lúcio Costa, medalhas, honrarias recebidas, materiais de campanha política, vídeos e documentários. A Câmara Mortuária, onde estão os restos mortais do presidente ficam ao centro desse espaço. 

                               
Totens com fotos marcantes

                                    
JK encontra Fidel Castro

Projetos selecionados no concurso para a nova capital

JK e o time de talentos na construção de Brasília: Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Ernesto Silva, Israel Pinheiro, Afonso Heliodoro, Bernardo Sayão

Tapete doado por Diamantina, cidade natal de JK ao Memorial

Câmara mortuária - Senhor João do Paletó - guia turístico - apresentou um lindo cordel sobre JK


Espaço onde são apresentados vídeos e documentários


                                            Faixas e honrarias recebidas


Laterais - móveis arrojados, seguido o estilo do edifício favorecem um momento de descanso 

Oscar Niemeyer e Lúcio Costa



Materiais para  campanha política de 1965: a campanha que não foi

Estátua de JK e pedestal - 28 metros de altura- autoria: Honório Peçanha

Do lado de fora ainda é possível verificar o automóvel de JK, o mesmo que ele utilizou na inauguração da cidade. 

Memorial JK
Valor: R$ 10,00 
Professores e estudantes pagam meia
Localização: Eixo Monumental, Lado Oeste. Praça do Cruzeiro
Brasília- DF 
Fones: (61) 3226.7860    3225.9451