Anne Frank, a casa na Merwedeplein e o Anexo Secreto - em Amsterdam
Esse monumento foi inaugurado em 9 de julho de 2005, em frente à casa onde Anne Frank morou na Merwedeplein.
Tragicamente, ela nunca voltou para esta casa. Com a colocação da estátua de bronze, ela simbolicamente retorna ao lugar onde passou parte de sua infância. Os vizinhos depositam flores frescas como homenagem à Anne e a todos os outros que partiram dessa vizinhança para nunca mais voltar naquele período.
A família Frank em Amsterdam
No final do verão de 1933, oito meses após a chegada do partido nazista ao poder e a crescente perseguição à comunidade judaica, Edith Frank viajou até Amsterdam para procurar um novo lar para a família. Como Otto Frank tinha negócios nos Países Baixos, Amsterdam lhes o lugar mais adequado para se instalar, além de ser longe o suficiente da Alemanha.
Edith enviou cartas e cartões-postais para informar Gertrud Naumann, sua vizinha em Frankfurt am Main, como ela estava. Em dezembro de 1933, Edith descreveu sua nova casa na Merwedeplein, em Amsterdam:
'Nosso apartamento é menor do que aquele em que vivemos em Berlim. Não há espaço em nosso quarto para nada, exceto para as camas. Sem adega, sem despensa, mas tudo é claro, conveniente e quente, então posso me virar facilmente sem uma empregada.'
A família Frank em 1941: Otto, Edith, Margot e Anne
A fotografia a seguir, feita em 1937, mostra Anne e suas amigas brincando na casa de Hanna Toby, na Merwedeplein. Assim como a família Frank, os Toby eram Berlim. Da esquerda para a direita: Hanneli Goslar, Anne Frank, Dolly Lemon, Hanna Toby, Barbara e Sanne Ledermann. Anne, Hanneli e Sanne eram melhores amigas.
Chovia sem parar desde o início da manhã. Edith acordou Anne às 5:30 e pediu que ela vestisse o máximo de roupas possível, pois elas não poderiam andar pelas ruas com uma mala.
Miep Gies, funcionária de Otto, veio buscar Margot às 7:30. Elas se dirigiram até o Anexo Secreto de bicicleta. Otto, Edith e Anne seguiram a pé logo depois. Anne teve que deixar sua amada gatinha Moortje para trás. Um vizinho cuidaria dela. Anne não soube para onde estavam indo até que estivessem a caminho - o esconderijo seria na loja de Otto, na Prinsengracht 263. Eles chegaram lá depois de uma hora de caminhada.
O diário de Anne Frank
A livraria onde Otto comprou o diário para Anne em seu aniversário permanece na esquina antes da Merwedeplein e mantém a mesma função mais de 80 anos depois.
O anexo secreto na Prinsengracht (hoje Museu Anne Frank)
O Anexo Secreto ao escritório da empresa de Otto Frank abrigou a família em julho de 1942. A família Van Pels os seguiu uma semana depois. Hermann van Pels trabalhava para Otto. Quatro meses depois, juntou-se a eles uma oitava pessoa: Fritz Pfeffer, um outro conhecido. Eles ficaram escondidos por 2 anos.
O museu recebe mais de um milhão de visitantes por ano. O esconderijo da família Frank é um dos edifício mais visitados e concorridos da cidade, os ingressos esgotam rapidamente no site e é preciso comprá-los com meses de antecedência.
O quarto do casal Otto e Edith e onde Margot também dormia, o quarto que Anne dividia com Fritz (e ela odiava), o banheiro, o quarto de Peter, a cozinha e também quarto do casal van Pels.
A família Frank passou mais de dois anos em seu esconderijo - 761 dias. Uma estante giratória manteve seu esconderijo em segredo, até 4 de agosto de 1944. Anne temeu esse momento por anos. "Não poder sair me perturba mais do que posso dizer, e estou com medo de que nosso esconderijo seja descoberto e que sejamos fuzilados. Essa, claro, é uma perspectiva bastante sombria." (1 de agosto de 1942).
Otto Frank - o pai de Anne e único sobrevivente entre os habitantes do Anexo - em 3 de maio de 1960, dia em que a Casa de Anne Frank foi aberta ao público. Segundo o fotógrafo Arnold Newman, Otto estava muito emocionado.
As Stolpersteine em Amsterdam, memória para que nunca mais aconteça... para ninguém!
As Stolpersteine são feitas desde 1992 pelo artista Gunter Demnig para homenagear as vítimas do nazismo. Colocadas em suas últimas casas escolhidas, cada pedra traz o nome da vítima, data de nascimento, detalhes da prisão e local da morte.
4 pedras de tropeço (Stolpersteine) foram colocadas em frente à antiga casa da família Frank em Amsterdã.
A vizinhança da Merwedeplein é repleta de pedras de tropeço
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