Aqui só tem História

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quarta-feira, 14 de maio de 2014

1˚ano: da Queda de Roma à Baixa Idade Média: Muuuita Coisa!

Olá Primeiro Ano,
Seguem abaixo as três apresentações sobre a Idade Média, desde às invasões bárbaras até a  Alta e Baixa. Coloquei os slides do 3˚ano, pois são mais leves. Quem quiser o meu material de aula, pesado e completo, leve o pendrive na próxima aula. Os exercícios sobre as invasões e o Império Carolíngio devem ser feitas em folha separada e, LÓGICO, valem nota. Entrega: 21/05
Slides e exercícios adicionais:



A imagem Bárbara

         François Hartog, historiador francês, dedicou especificamente um de seus trabalhos à compreensão do "outro" pelo inimigo. Em O espelho de Heródoto, uma de suas obras mais reconhecidas, Hartog analisa a forma de compreender o mundo que os gregos tinham, especificamente a de Heródoto, historiador de Halicarnasso. Em especial, o estudioso francês estudou como os gregos se portavam diante da alteridade dos povos vizinhos(os citas, os egípcios, os fenícios, os persas etc.), buscado entender como, na época clássica, os helenos falavam de si próprios e dos outros, os não gregos. 
        Heródoto escreveu fartamente sobre as Guerras Médicas (o longo conflito entre persas e os gregos). Em seu texto, escrito há mais de 2 mil anos, Heródoto se ocupou da representação dos persas para seis leitores gregos: caracterizou-os como inimigos terríveis para os atenienses e espartanos, eram selvagens, criaturas para além da humanidade, bárbaros. 
       Apesar de dignos de admiração por algumas das qualidades, os persas, os persas não eram contemplados como seres "iguais" pelo historiador grego.
      Vemos tratamento muito similar quando lemos o texto de Tácito a respeito dos povos germânicos. No complexo jogo da representação do "outro", daquele que não sou eu, é recorrente a projeção daquilo que é nossa visão da bestialidade. Em outras palavras, o que descrevem não é o "outro" em si, mas aquilo que não reconhecemos em nós, nossa visão de monstruosidade atribuída ao outro. 
       Pensando nisso, é possível dizer que, apesar das inúmeras diferenças entre aqueles que são considerados povos bárbaros, criou-se um pastiche sobre a representação do bárbaro na cultura ocidental. Isso não ocorreu por acaso, a maior parte das informações que temos sobre os "bárbaros" nos chegou por meio de relatos romanos (seus rivais, em muitos aspectos) Vikings, celtas, povos germânicos são normalmente associados à violência e ao espírito guerreiro. Em outras palavras, o ser bárbaro da cultura ocidental está longe do universo letrado e, por isso, se circunscreve em um jogo descritivo que o tende a inferiorizá-lo.

Átila: O Huno -Para saber mais
http://www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/atila_o_huno_um_animal_politico.html

Exercícios:
1) As três imagens, a seguir, mostram cenas em que aparecem retratados povos bárbaros. Qual a noção do que é bárbaro está sendo construída por essas imagens? Quando essa representação começou a ser criada? Apresente 3 argumentos e os justifique.

"Hagar, o Horrível", personagem criado em uma tira em quadrinhos criada por Dick Browne em 1973

O ator Arnold Schwazenegger como Conan, o bárbaro, filme norte-americano de muito sucesso no cinema dos anos 80

Cena do filme: "Asterix e Obelix e os Vikings", famosa série de histórias em quadrinhos criada em 1959, na França, por Albert Uderzo e René Goscinny, aqui transportada para o cinema.

2) A imagem abaixo é uma iluminura medieval, mostra o exato momento da coroação de Carlos Magno, considerado o maior dos comandantes dos francos. Interprete a imagem, explicando uma das características do reino dos francos. 
3) Explique a importância da união entre Carlos Magno e a Igreja Católica. 

FERREIRA, João Paulo Hidalgo. “Nova história integrada”: ensino médio: volume único: manual do professor / João Paulo Hidalgo Ferreira, Luiz Estavam de Oliveira Fernandes. – Campinas, SP: Companhia da Escola, 2005.




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