Entre as cidades de Évora e Estremoz se encontra Evoramonte, no Alentejo, em Portugal. Em meio a colinas repletas de plantações de cortiça, a pequena cidade parece parada no tempo.
Nós a visitamos no final da tarde. O castelo situa-se na colina mais alta e é possível avista-lo de longe, na Serra d'Ossa.
A cidade localiza-se na parte baixa.
Ao longe, no alto da colina, o castelo de Evoramonte.
Durante a guerra de Reconquista portuguesa, por volta do século XII, a região do Alentejo era de fundamental importância para as tropas cristãs, lideradas por D. Afonso Henriques, na tentativa de expulsar os islâmicos do território.
Antiga porta de São Sebastião, um dos quatro acessos da cidadela.
No século XIV (1306), D. Dinis ordenou a construção de uma muralha para a proteção da população que desejasse viver na região.
Muito do que vemos hoje, remonta a esse período histórico.
Muros remanescentes das antigas muralhas que cercam o castelo e oferecem uma magnífica vista do Alentejo
Porta de acesso lateral em estilo gótico
Ao pesquisar para nossa visita ao Alentejo, encontrei muitas vezes o nome de um guerreiro medieval chamado Geraldo Geraldes, ou Geraldo sem Pavor. Descobri que ele foi fundamental para o rei de Portugal durante o século XII, comandando seus guerreiros, salteadores e proscritos, lutavam com tamanha coragem contra os sarracenos islâmicos, que os ecos de sua audácia permanecem até hoje.
O castelo de Evoramonte, construído com claros fins militares, é hoje uma reconstituição da antiga edificação, danificada por um terremoto que ocorreu no século XVI (1531).
Construído com materiais de pedra e alvenaria, além de cantaria de granito, a forma circular faz do edifício único em Portugal. Os detalhes, nós esculpidos em pedras, estão nos quatro lados do edifício. É possível notar também as canhoeiras, saídas dos canos de canhões.
A última grande batalha que Evoramonte viu foi entre os irmãos Pedro (Pedro I do Brasil) IV de Portugal e Miguel, disputando o trono em 1834, foi aqui que assinaram a paz e o acordo que definia o banimento de Miguel de Portugal.