Aqui só tem História

Aqui só tem História

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Renascimento


Olá 7˚ano, segue o texto que combinamos sobre Renascimento e Matemática que irá auxilia-los na elaboração da atividade solicitada sobre Leonardo, o inventor. 
Lembrando que este texto também é complementar ao conteúdo estudado pelo Ensino Médio. 
Bom  trabalho a todos!

Passados cinco séculos do Renascimento, o que restou daquela atitude inovadora para nós, hoje? Em nosso dia-a-dia alguma técnica ou instrumento herdados do Renascimento?
Imagine algumas situações do cotidiano: um médico que não usa termômetro para medir a temperatura do paciente, um comerciante que não pesa os alimentos que vende ou um professor que avalia o aluno sem atribuir-lhe uma nota. Estamos tão habituados a quantificar tudo que não sabemos mais viver sem padrões matemáticos. Herdamos do Renascimento essa visão quantitativa do mundo.
O homem renascentista tinha verdadeira obsessão pela exatidão. Foi a partir do Renascimento que os estudos de física, química, mecânica e astronomia começaram a ser registrados em fórmulas, equações e cálculos geométricos. “Nenhuma investigação humana pode ser chamada verdadeira ciência se não passar pelas demonstrações matemáticas:, escreveu Leonardo da Vinci. Um século depois, Galileu Galilei defendia a mesma ideia ao redigir: “É preciso medir o que é mensurável e tornar mensurável aquilo que não o é.”
Os registros comerciais seguiram a mesma tendência. Em 1489, o livro de Johann Widman propunha aos comerciantes pouparem tempo utilizando os sinais + e – no lugar de escrevê-los.
Até mesmo a pintura e a escultura renascentista eram verdadeiros estudos matemáticos. Além da perspectiva, o artista distribuía as figuras na tela seguindo padrões geométricos e desenhava o corpo humano usando medidas precisas para calcular, por exemplo, a distância entre a sobrancelha e a boca.
O tempo também foi medido. Até o final da Idade Média, as pessoas não tinham ideia das horas ou dos minutos exatos. O tempo era medido pelas necessidades essenciais da vida: hora de orar, de dormir, de comer, de plantar, de colher. Existiam os relógios de sol, de água, de areia, mas eram imprecisos, e as pessoas comuns provavelmente não faziam uso deles em seu cotidiano. Foi no século XIV que surgiu o relógio mecânico com alguns princípios básicos que permanecem até hoje : molas, rodas dentadas e ponteiros num mostrador. Marcar o tempo era uma necessidade da vida urbana e dos negócios. Desde então, a disciplina do tempo entrou na vida humana: recebe-se pelas horas trabalhadas, fixam-se horários para as aulas, lamenta-se o tempo perdido (...).
A obsessão pelo tempo exato levou o papa Gregório XIII a refazer o calendário, pois as datas religiosas não coincidiam mais com as do início da Era Cristã. Ele encomendou a uma comissão de matemáticos a recontagem dos anos. Essa comissão concluiu que sobravam dez dias no calendário. O papa não teve dúvidas: mandou cortá-los. Assim, depois do dia 4 de outubro de 1582 amanheceu o dia 15 de outubro.
GAARDER.J. O mundo de Sofia. São Paulo. CIA das Letras, 1995. P. 222

Um comentário: