Não há como ir a Portugal e não se encantar por eles... A mim, uma encantada de longa data, a visita ao Museu do Azulejo era parada obrigatória.
O Museu ocupa o espaço do antigo Convento da Madre de Deus, construído no século XVI. Os antigos claustros hoje abrigam exemplos da linda arte portuguesa de azulejaria.
A exposição está organizada em ordem cronológica, o que ajuda muito na compreensão dos diferentes períodos históricos e sua influência nas características dos temas e modelos produzidos, desta forma, inicia-se a visita conhecendo azulejos de características mouriscas, posteriormente altares religiosos góticos, barrocos, rococós, neo-clássicos e contemporâneos.
É puro encantamento!
É puro encantamento!
Claustros emolduram os lindos azulejos
Exemplo de padronagens de azulejos nos corredores e portas de acesso aos claustros
Azulejos Mouriscos: século XVI
Azulejos com motivos islâmicos - século XVI
Painel de Azulejo - Ponta de Diamante - século XVII - 1608- 1639
Painel de Azulejo de Padrão 1590-1620
Painel de Azulejo em composição de tapete (Uau, que lindeza :O) - século XVII (1664)
Azulejos com motivos religiosos - século XVII
Frontal de Altar com brasão de armas dos Agostinhos - Lisboa, século XVII - 1650-1675
Os motivos abstratos, florais e mouriscos começam a dar vez aos elementos da religiosidade católica barroca portuguesa, em geral, são fruto de encomendas da Igreja Católica, representando cenas da vida dos santos, narrativas religiosas características do movimento de Contrarreforma.
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Dos mestres flamencos aos grandes mestres portugueses - século XVIII
Os painéis que lembram pinturas de porcelana chinesa era produzidos na Holanda, o painel acima retrata uma cena cotidiana da nobreza, intitulado: Lição de Dança
Produções portuguesas primorosas são encontradas a partir dos idos de 1730, produzidas pelas olarias de Lisboa.
Fuga para o Egito - Policarpo Oliveira Bernardes, Lisboa, 1730.
Alexandre combatendo os persas, 1745
Composição dos pigmentos para a coloração das peças
Sala de Caça
Lisboa, 1680 Conjunto de painéis pertenciam a uma sala do Palácio da Praia em Belém
Macacaria - casamento da galinha - Lisboa - 1660 - 1667
Proveniência: Quinta da Cadriceira, Torre de Veras
Vista panorâmica de Lisboa anterior ao terremoto de 1755 - Lisboa, início do século XVIII
Telha de beiral, século XIX
Azulejos de Cozinha
Azulejos com retratando animais de caça revestem as paredes do restaurante/café do museu.
Azulejos Contemporâneos
A ceifa - faiança policromada sobre pó de pedra, 1920
Proveniente da Padaria Independente, Rua da Graça, Lisboa
Área de restauro e catalogação de azulejos
A Igreja da Madre de Deus
Uma verdadeira jóia da cidade de Lisboa. Quanta beleza! Foi concluída no século XVI, com características barrocas e também rococó, acrescentados após o terremoto de 1755.
Os detalhes em douramento ganham especial destaque ao se contrastarem com as tonalidades azuis dos azulejos.
Vista da nave a partir do coro
Coro da igreja
A prática de revestir altares e frontais com azulejos substituindo tecidos surge na Espanha, mas ganha especial destaque em Portugal a partir do século XV.
Informações Úteis:
http://www.museudoazulejo.gov.pt/Rua Madre de Deus, 4
Custo: 5 euros
Fora do centro, é necessário trocar a linha central do metrô (verde) pela linha azul para chegar até lá. Descemos na Estação Santa Apolônia, na linha Azul e caminhamos até o Museu - uns 10 minutos a pé.
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