Durante a semana que estivemos em Paris, em julho de 2018, nosso bairro foi Les Halles, no 2˚Arrendamento.
Todos os dias, ao começarmos nossa maratona de visita a essa cidade tão linda e especial, passávamos pela igreja de Saint Gilles, na rua Saint Denis. Todos os dias ela estava fechada.
Vários fatores nos chamaram a atenção em relação a essa construção:
- a arquitetura é claramente gótica,
- A vizinhança se apossou da igreja, outras construções praticamente engoliram o edifício, que ficou espremido e com pouco destaque.
- Dois sex shops, um na frente e outro na lateral.
Pensamos que talvez a igreja não estivesse mais em funcionamento... mas eis que, em nosso último dia, ela estava aberta! E que emoção foi poder visitá-la!
A igreja sofreu muito com o desaparecimento do mercado das Halles e as transformações pelas quais o bairro passou desde então, tornando-se apenas ponto de passagem entre o Forum des Halles e o Centro Georges Pompidou.
A Rua Saint Denis era percurso de peregrinações que levavam até a abadia medieval do mesmo nome. |
Na Abadia de Saint Denis encontra-se o sepulcro de São Denis, um bispo de Paris e de todos os reis franceses. Ali também os reis eram coroados. Após a coroação, o novo monarca voltava à cidade, seguido pelo cortejo real, pela mesma via.
Saint Leu foi bispo de Sens e também é celebrado em 1 de setembro, ambos dividem a consagração dessa igreja, cuja construção iniciou-se em 1235. Essa estrutura sofreu transformações frequentes, no século XIV, deixando as vigas aparentes.
Em 1611, cria-se o coro atual.
Em 1727 são reabilitados os corredores laterais, com a criação das abóbadas de gesso para as quatro primeiras traves, segundo o modelo das traves mais antigas, em pedra.
As capelas laterais são do século XIX
Desde 1820, a igreja de Saint Leu é a igreja capitular dos Cavaleiros do Santo Sepulcro, que ali se encontram para assembleias e orações pela Terra Santa. Esses cavaleiros trouxeram as relíquias de Santa Helena para à igreja, hoje elas se encontram em um relicário, na cripta.
Às sextas-feiras, os cristãos ortodoxos ainda se reúnem para a veneração dessa relíquia.
Informações em livre tradução do material informativo oferecido pela igreja Saint-Leu e Saint Gilles
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